sábado, novembro 12, 2005

A porta

Sabe quando você está sentado e uma porta perto de você se movimenta com o vento? E você sabe que ela vai bater e fazer um barulho enorme, mas você é incapaz de se levantar e impedir que isso aconteça?

É a apatia.

É a indiferença.

Apatia pelas conseqüências do barulho que será causado e indiferença total pela sina da porta em bater e causar estragos.

A porta acaba batendo com certa violência e você continua sentado no sofá, esparramado, com a sensação do nada mais presente do que nunca. Já sentiram o nada? O nada em sua infinita complexidade? Já tiveram os pensamentos tomados pela ausência de pensamento? O branco, o vazio da alma, sendo constante na mente? Se já, sabem bem do que eu estou falando.

E você fica sentado olhando a porta bater em câmera lenta, com os ouvidos preparados para não se assustarem com o barulho, continua olhando, olhando, como quem manda no universo naquele simples instante de movimento. Durante 3 segundos a eternidade é sua, e você faz a escolha mesquinha de não se levantar, de não mover uma palha pra mudar o curso daquela porta.

E ela bate! Bate com certa raiva pela sua apatia e indiferença. E você, sentado no trono, não percebe que aquela porta é a sua vida.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Sobre os banheiros à esquerda

Eu sempre freqüento os mesmos banheiros dos lugares onde vou. No shopping perto de casa há, sei lá, 20 banheiros femininos, eu sempre escolho aquele, nunca muda, é sempre o mesmo. Na faculdade, a mesma coisa, eu até já decorei as pichações da porta. E eu estava reparando que eu só escolho os banheiros à esquerda, nunca os da direita. Certamente tendências políticas não têm nenhuma relação com isso, mas eu gostaria de saber por que são os da esquerda os escolhidos. Eu gostaria de saber por que são sempre os mesmos lugares, como se eu os freqüentasse porque eles me pertencem, como se eu fosse dona deles, pois quando eles estão ocupados eu penso "ai, que droga, pegaram meu lugar", e tenho que contrariadamente ir para um outro, procurar um outro que não me pertença.

Será que Freud teria alguma coisa para me dizer?

domingo, novembro 06, 2005

Enade

Desde o Enem em 2001 que eu não fazia uma prova tão merda como essa. Não estava difícil, mas estava chaaaaata, looooonga, deeeeeensa.

O mais engraçado é que eles colocaram todo mundo do ifcs na mesma sala, nem pra misturar as pessoas. E fica uma situação chata, porque óbvio que você reconhece as pessoas, mas são aquelas pessoas que você nunca trocou uma palavra na vida. O que você faz: abaixa a cabeça e finge que não viu ou dá um sorrisinho tipo "oi, nunca falei com você, mas oi", claro que fiquei com a primeira opção.

sábado, novembro 05, 2005

o_O

"Eu tenho 16 anos e há pouco virei um Tradicional. Na escola tenho que enfrentar as mentiras à respeito da Igreja que professores marxistas e ateus contam, fora que tenho que ficar ouvindo as piadinhas dos meus "colegas" sobre a Igreja, principalmente depois que eles leram o famoso "O Código da Vinci" (que saudades da Inquisição e do Index). A pessoa que é jovem e católica nesse mundo ateu tem que passar por muitos tormentos!"

Aqui

terça-feira, novembro 01, 2005

É, você é um negão de tirar o chapéu

Venho por meio deste dizer que não só pegava o Feitosa (Aílton Graça), como deixava ele inclusive me bater e puxar meus cabelos, tipo selvageria mesmo. Uma coisa assim bem rodriguiana, toda mulher gosta de apanhar, o homem é que não gosta de bater.

Não estou falando apenas do personagem da novela, novela essa que eu não assisto pois vejo Xica da Silva, falo também do ator Aílton Graça. Eu pegava e ainda chamava de meu amor!

Favor me ajudem mandando emails pra globo pedindo esse deus no paparazzo.

Que homem é esse, meu pai eterno!