Jean, o vencedor do BBB

Putaqueopariu, como eu vibrei!

Não deixe o samba morrer

Sempre que eu tenho momentos de reflexão profundos eu fico um saco, mais anti social que o meu normal. Faz uns dois meses que eu não estou me aguentando, veja bem, até eu estou me achando um saco. Saco daqueles bem grandes. O meu senso crítico aumenta trocentas vezes, da minha mãe chegar e perguntar onde está o celular e eu ficar olhando pra cara dela me perguntando "por que será que ela continua a falar comigo com a mão na maçaneta?". Tá foda.

Semana santa

Minha semana santa será regada a churrasco, álcool e charuto.

Aqui no Rio fizeram da quinta-feira um ponto facultativo, anotem o que vou dizer: um dia a semana santa inteira será um feriadão, desde segunda até sábado, depois dizem que isso é um país laico e que é sério.

Bom feriado pra vocês, trepem bastante!

Eu amo o Google

Post em homenagem as pessoas que entraram aqui pelo nosso querido e amado Google.

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Top 5
1) sair da casa dos pais e morar sozinho and cortar o cordão qual a hora certa
2) porque o cheiro guia as formigas
3) fiz xixi na roupa no centro
4) mapa astral de fernando pessoa
5) vida de roberto justus

Eutanásia

Hoje eu assisti Menina de ouro, semana passada foi a vez de Mar adentro (foto). Os dois filmes tratam sobre a questão da eutanásia. São dois filmes belíssimos que colocam qualquer pessoa pra pensar, acho que é uma boa pedida para aqueles que não têm opinião formada sobre o assunto. Já faz tempo que tenho a minha, mas assistir filmes assim só servem pra reforçar minha posição.

A eutanásia é até simples se você for analisar outras questões como aborto, pena de morte, legalização das drogas etc. É um tema polêmico, mas acho ele simples por uma única razão: todos temos direito à liberdade de fazer com a nossa vida o que queremos, não importa o que sua religião pensa sobre isso, o respeito ao direito alheio deve ser sempre preservado. É diferente quando tratamos de outros temas, porque esses exigem uma complexidade maior de pensamento. Já na eutanásia as coisas se definem por si só, a liberdade de cada pessoa deve ser respeitada mesmo que não concordemos com o que ela faça.

O único país do mundo a permitir a eutanásia é a Holanda, fora ele ainda temos a Suiça onde somente o suicídio assistido é permitido. Suicídio assistido é quando médicos fornecem meios para que o paciente se mate sozinho, dão, por exemplo, uma seringa com um conteúdo letal e o próprio paciente aplica a injeção, sem a ajuda de ninguém, pelo menos não teoricamente. Geralmente quem recorre a isso são pacientes com doenças terminais, mas mesmo na Suiça a eutanásia ainda não é permitida, porque esbarra na velha questão de que o médico/enfermeiro/parente está matando a pessoa. Acredito que não respeitar o desejo dos outros, apenas porque ele não consegue fazer sozinho é um poder que os homens exercem sadicamente, é como se o paciente pedisse "me dá uma água" e você não dá e diz "levante e pegue" e ele responde "mas eu não consigo" e você rebate "então, eu nada posso fazer" e você ainda fica olhando pra ele, vendo que ele não é capaz de levantar e pegar o copo em cima da mesa, que é só você estender a mão e pegar a água, mas você não faz nada, só olha com um prazer voyeurístico, inabalável na consciência de que a vida dele está em suas mãos, mas que é a sua vontade que irá prevalecer, e não à dele.

Sinceramente, não sei como ainda tem gente que é contra a eutanásia, é quase sempre a mesma balela "deus é contra e blablabla", dá vontade de mandar um sonoro foda-se deus, acho que isso soaria agressivo e desrespeitoso, mas é a única saída com pessoas que acham que deus deve ter sua palavra final sobre tudo. Eu lembro de ter lido uma discussão em que um dos lado disse "você são utópicos demais" e a outra parte falou "que nada, vocês é que são, a gente tá aqui há duas horas discutindo com pessoas que crêem em algo invisível e não-provável". Bom, creio que no meio de uma discussão não devemos recorrer a seres invisíveis e não-prováveis, mesmo que eles existam, se não podemos provar, então não é certo usar como argumento.

É muito confortável dizer que não devemos ajudar ninguém a morrer, é confortável demais, queria ver cada pessoa que fala uma asneira dessas em cima de uma cama sem poder se mexer, as vezes nem falar, respirando com ajuda de aparelhos, precisando dos outros para comer, para tomar banho, para usar fraldas... "Ah, mas cada um tem seu fardo"... Fardo é o caralho! Esse tipo de pensamento fede!

Você gostaria de ser julgado?

Dando uma olhada na Isto é Gente dessa semana (sim, eu leio) dá pra ter uma noçãozinha do novo escândalo da praça: Chico Buarque de caso com uma mulher casada. Beleza, mas o que eu tenho a ver com isso? Como pode a vida de uma pessoa ser exposta dessa maneira? Por quê? Pra quê?

Eu fico imaginando como deve ser difícil ser uma pessoa pública, ver sua vida estampando jornais com alta vendagem, ser julgado por pessoas que você nem ao menos conhece. Deve ser horrível entrar nos lugares e ver que todos estão olhando pra você e todos conhecem a sua vida, mas você não conhece ninguém. Deve ser angustiante, acho que eu nem sairia de casa.

É terrível saber que você solta um pum aqui e amanhã isso já está nos principais jornais. Gisele Bundchen já saiu em matéria porque arrotou e Jennifer Lopez porque estava tirando meleca, mas peraí, todo mundo arrota e tira meleca! por que publicar uma coisa como sendo um escândalo se todo mundo faz a mesma coisa?

"Danielle Winits trai o namorado", mas porra, quem aqui nunca traiu?
"Ivete Sangalo tem crise e chora em pleno carnaval", tá, e quem aqui nunca chorou do nada?
"Gwyneth Paltrow e Chris Martin estão em crise no casamento", quem aqui nunca teve crise nos relacionamentos?

Dá a notícia porque vende, vende porque interessa. A curiosidade nunca vai deixar de existir, então eu nem critico quem compra uma revista do naipe Isto é gente, Quem, Caras, Contigo... eu critico o julgamento que fazemos de pessoas públicas. Quantas vezes já chamei a Winits de puta só porque ela já saiu com meia Globo, quem dera eu sair com meia Globo! Ela que tá certa, tem que beijar muito, tem que dar bastante e aproveitar o bom da vida. Nego sai por aí criticando a Cicarelli, sendo que ela fez o que eu faria no lugar dela, expulsar uma pessoa que sabia que não era bem vinda no casamento; Deborah Secco é julgada porque namora bastante, como se isso fosse um defeito, quando todos querem é a felicidade; Chico Buarque agora é criticado porque sai com uma mulher casada, como se ele devesse prestar contas a alguém.

Você gostaria de ser julgado? Então procure não julgar ninguém.

Conversa em família

Eu: Feliz dia das mulheres, mãe. E pra senhora também, vó.
Mãe: Obrigada filha, pra você também, feliz dia das mulheres.
Vó: Ô, Marly, não fala isso. Ela não é mulher, é menina moça.

Momento ímpar

A vizinha mais barraqueira da vila, vira pra mim e diz:

"Esse povo aí da frente briga demais. Isso é falta de deus no coração"

Impressionante como tem gente que não se toca. Outro dia estava ela reclamando de uma menina da rua que é muito "dada", eu olhando pra ela e aquela vontade de dizer "olha, a sua neta é a garota mais puta que já conheci na minha vida, sendo que ela cheira também, o que a senhora me diz?".

Jogos Mortais

Eu não vejo filmes de terror porque tenho medo, muito medo. Remete a minha infância, período no qual tive muitos pesadelos, mas essa semana estava lendo o jornal e vi que o bonequinho do globo estava aplaudindo Jogos Mortais (Saw) e eles nunca dão crédito pra filmes desse gênero, pensei então que o filme fosse realmente foda e quis assistir, não que o bonequinho seja parâmetro de qualidade... mas enfim.

Óbvio que não fui sozinha, fui com dois amigos.

Primeiros cinco minutos de filme, eu quase me cago toda e penso "caralho, vou largar esses dois aqui e vou me mandar", pensei sério mesmo, queria sair dali o mais rápido possível. É aterrorizante.

Nem vou entrar muitos nos detalhes do filme, porque perda a graça de quem ainda não viu. O filme é sobre um psicopata que pega suas vítimas e as coloca como se fosse em um jogo. Se elas conseguirem sair, poderão viver; se perderem, irão morrer. As vítimas são pessoas que não dão valor a vida: tem um cara que é casado, tem uma vida perfeita, uma linda filha, mas trai a mulher; tem um jovem fotógrafo que só pensa em grana e está se fudendo se o seu trabalho atrapalha as pessoas. Um dia eles acordam num banheiro sujo (sujo é pouco) e não se lembram como foram parar lá, através de uma fita gravada o assassino diz a eles suas missões no jogo e o que devem fazer para sair dali.

O diferencial desse filme é a qualidade dele, o custo do filme foi baixíssimo e os caras só contavam com a criatividade. Conseguiram com pouco dinheiro fazer um dos melhores filmes do gênero. O cartaz diz: Esqueça Seven. Dito e feito.

Outra boa dica é ir no site oficial e jogar o jogo. Volte aqui para contar como se saiu. Se você conseguir voltar, claro.

Você é babaca?

Você acha que está com razão em todos os debates que trava pela frente?

Você acha que é superior ao seu vizinho apenas porque ele escuta pagode?

Você tem o hábito de julgar e/ou rotular as pessoas?

Você se acha o ser mais foda da terra apenas porque conhece uma bandinha de merda do cu do mundo?

Você se acha intelectualmente melhor que os outros porque leu todos os livros de Nietzsche?

Você acha que é um privilegiado porque nasceu e vive numa grande metrópole?

Você acha que todas as pessoas que compram Gucci não valem um centavo?

Você acha que é o fodão apenas porque usa Mozilla Firefox?

Você acha que Paulo Coelho é podre mesmo sem ter lido um livro sequer do dito cujo?

Então, você é babaca.